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Exercício A-3OO2B

Adicionamos aos conteúdos Saber Sobre o Saber Treinar, especificamente ao Programa de Treino, a apresentação do Exercício A-3OO2B. Como referido, no Programa de Treino, o exercício Exercício A-3OO2B situa-se no primeiro Ciclo Semanal (A) dos quatro que o compõem, terceira sessão de treino (-3), objectivo de Organização Ofensiva (OO), segunda parte da sessão (2) e exercício (B) dessa parte. Exercício que tem por objectivo específico as Acções Individuais Ofensivas, em particular, o Provocação, o Drible e Finalização.

“(…) a Periodização Tática é afinação, é precisão, ou seja, vou lhe dizer mais, a refutação da noção habitual que se tem de técnica, que é uma abstração. Periodização Tática promove a fundamental, a precisão. A precisão na diversidade dos contextos a enfrentar, e a necessidade de precisão na variabilidade de contextos vai dar uma instrumentalidade padronizada em função das semelhanças nos contextos, e essa é que é a técnica para a Periodização Tática. Mas é a técnica que os jogadores conquistam.”

(Vitor Frade, 2012)

Intensidade

“Qualquer pessoa que se tenha concentrado tão profundamente que um lampejo de insight ou inspiração subitamente a visitou conhece a quietude. Qualquer pessoa que tenha dado o seu melhor a algo, sentido orgulho na conclusão, em saber que não deixou absolutamente nada em reserva – isso é quietude. Qualquer pessoa que tenha avançado com os olhos da multidão sobre si e então despejou todo o seu treino num único momento de performance – isso é quietude, mesmo que envolva movimento activo.”

(Ryan Holiday, 2019)

Exercício A-3OO2A

Adicionamos aos conteúdos Saber Sobre o Saber Treinar, especificamente ao Programa de Treino, a apresentação do Exercício A-3OO2A. Como referido, no Programa de Treino, o exercício Exercício A-3OO2A situa-se no primeiro Ciclo Semanal (A) dos quatro que o compõem, terceira sessão de treino (-3), objectivo de Organização Ofensiva (OO), segunda parte da sessão (2) e exercício (A) dessa parte. Exercício que tem por objectivos os sub-momentos de Construção, Criação e Reação à perda (articulação com a Transição Defensiva) e os princípios de Equilíbrio defensivo em construção, Saída de jogo do GR, Decisão pelo ataque rápido, Construção pela primeira linha, Construção no corredor central, Construção no corredor lateral.

“Estas formas modificadas de jogo procuram no entanto preservar os seus ingredientes específicos, apelando à utilização das habilidades em situações-problema. Pela redução do número de jogadores envolvidos, pela restrição das zonas de acção, inclusive pela delimitação do quadro de possibilidades, podemos estabelecer um contexto que simplifique a leitura das situações, sem que no entanto se prescreva de forma estereotipada o que os alunos terão de fazer (Mertens & Musch, 1990; Graça, 1998; Duarte, 2004).”

(Ricardo Duarte et. al., 2006)

Qualidade colectiva e qualidade individual. Rodrigo Mora dá o exemplo.

O magnífico golo de Jovan Sljivic. Pela execução e escondendo a decisão. A não linearidade da percepção-leitura-execução.

“(…) é possível considerar uma simultaneidade de decisão e de acção, visto que é necessário responder constantemente aos constrangimentos colocados pelo jogo.”

(Joaquim Pedro Azevedo, 2011)

A situação passou-se no jogo da Youth League entre Estrela Vermelha e Manchester City de 13 de Dezembro passado. O jogador que a protagonizou é um talentoso médio sérvio, Jovan Sljivic.

Imediatamente fez-nos recordar o fantástico e disruptivo trabalho de Friedrich Mahlo de, imagine-se… 1970. Apesar da colonização do pensamento linear e mecânico durante o século passado, o autor já imaginava o comportamento táctico de forma complexa.

“o processo de percepção e de análise da situação, assim como a solução mental do problema, fazem-se em movimento (em corrida, durante um passe, uma finta ou um pontapé). Pode-se falar aqui duma modificação contínua da actividade motora como consequência de processos intelectuais. A actividade motora é modificada na sua qualidade, na sua quantidade e na sua orientação espacial.”

(Friedrich Mahlo, 1970)

Se virmos com atenção as repetições em câmara lenta da situação, Sljivic lê a situação, especialmente a baliza adversária, 2 segundos antes de rematar, o que é muito tempo tendo em conta o contexto e processo de leitura, decisão e execução no jogo de futebol. Apesar disso, adapta-se no tempo-espaço para ajustar o remate (solução motora do problema de acordo com Mahlo), realizando-o de forma perfeita. Isto invalida o pensamento linear porque a decisão e os ajustamento da mesma em função da nova posição no espaço, têm de suceder continuamente até de facto a execução suceder.

Salientamos também um dos benefícios do jogador não estar permanentemente a ler a baliza ou a solução que procura: esconder a decisão e consequentemente provocar a dúvida e atrasar a resposta adversária. Perante a acção de Sljivic em sub-momento de Criação ou Finalização, até ao derradeiro momento da execução instalou a dúvida sobre a opção pelo remate, combinação ou último passe / cruzamento.

“Enquanto se resolvem mentalmente as situações, devem subsistir relações mútuas entre as três fases de acção (percepção e a análise da situação, solução mental do problema e solução motora do problema), graças às percepções marginais da situação exterior e da sua, própria motricidade. Pode-se, assim, ter em conta, a todo o momento, a dinâmica da situação. Esta percepção marginal pode conduzir a uma percepção central nova, uma modificação, ou um aperfeiçoamento da situação mental e da acção motora. Graças a ela, a continuidade da percepção encontra-se assegurada durante toda a acção e, logo, durante a actividade em jogo.”

(Friedrich Mahlo, 1970)

Exercício A-4TD3A

Adicionamos aos conteúdos Saber Sobre o Saber Treinar, especificamente ao Programa de Treino, a apresentação do Exercício A-4TD3A. Como referido, no Programa de Treino, o exercício Exercício A-4TD3A situa-se no primeiro Ciclo Semanal (A) dos quatro que o compõem, segunda sessão de treino (-4), objectivo de Transição Defensiva (TD, terceira parte da sessão (3A) e último exercício da sessão.

“eu me revolto quando dizem o treino de tensão, não é nada disso. Não é nada o dia da tensão, ele não é o dia da tensão! Porque isso leva as pessoas a estarem preocupadas com a tensão, e então fazem uma merda qualquer com tensão e já está. Não! É o dia dos detalhes, dos «pequenos» princípios, das coisas pequenas, dos planos mais micro e não sei quê… sendo do ataque ou sendo da defesa, mas com a garantia que há uma densidade significativa de contracções excêntricas, portanto, há um aumento da tensão, mas em pormenores, pormaiores do jogar! Tenho que estar preocupado, para dar variabilidade ao treino em inventar e discorrer essas situações de jogo, que são para o jogar o que me interessa. Portanto tenho duas coisas, tenho que inventar isso e tenho que saber que a tensão está acrescida. Não é o dia da tensão, senão punha uma merda qualquer ou faço uns skippings, não é nada disso, é preci­samente o contrário!”

Vítor Frade em entrevista a (Xavier Tamarit, 2013)

Acções Individuais Ofensivas | Drible | Bergkamp turn

Publicámos uma nova página no trabalho Saber Sobre o Saber Treinar. Inserido na Ideia de Jogo, trata-se de uma Acção Individual Ofensiva, mais especificamente, um Drible: o Bergkamp turn.

“Se conhecerem alguém que jogue melhor do que ele, avisem-me”. E eu digo: Se tiver existido um jogador superior a ele em termos técnicos, convido a deixarem o nome na caixa de comentários. Bergkamp nem se destacava especialmente pelos dribles, mas era o rei da técnica, em todas as dimensões. Técnica de passe, técnica de recepção, técnica de remate, técnica de condução…tudo parecia fácil nos pés do holandês que fez alguns dos mais incríveis golos da primeira década do novo século.”
(Arsène Wenger)

 

 

O quinto momento do jogo? Quantidade não significa qualidade. E ainda… o exemplo do Futsal.

“(…) não será o instante após os lances de bola parada o momento de maior desorganização e instabilidade táctica nos jogos?”

(Filipe de Sá, 2012)

Diferentes visões e formas de pensar levam a diferentes interpretações da realidade, e consequentemente… do jogo de Futebol. Nada de novo. Perfeitamente normal e saudável porque potencialmente são colocadas questões e o debate surge. No “final do dia”, uma das melhores formas de promover evolução.

Deste modo, diferentes formas de entender o jogo conceberam diferentes modelos e sistematizações do mesmo. Uma das questões emergentes surge sobre o enquadramento das situações de bola parada. Nos respectivos quatro Momentos do Jogo? Ou serão elas, por si só, um quinto momento?

Em 2017 publicámos uma proposta que as integravam nos quatro Momentos do Jogo. Não por mero gosto pessoal, mas por coerência com determinada linha de pensamento. Um livre ofensivo, por exemplo, pode ser marcado rapidamente ainda em Transição Ofensiva quando o adversário ainda não recuperou a sua Organização Defensiva possibilitando a equipa que dele beneficia, contra-atacar. Mas pode também ser executado em Organização Ofensiva, caso a equipa defensora tenha recuperado a sua Organização Defensiva. Aprofundando este caso, o mesmo pode ainda estar enquadrado num sub-momento de Construção caso a situação não permita um último passe ou cruzamento para outro atacante (com interessante potencial de sucesso), num sub-momento de Criação caso exista essa possibilidade, ou de Finalização quando a situação permita o remate à baliza. No entanto, este enquadramento parece não ser justificação suficiente para integrar as situações de bola parada nos quatro Momentos do Jogo. Pode-se argumentar , por exemplo, que um quinto momento também possa ser subdividido dessa forma. Torna a perspectiva mais confusa e complicada (não confundir com complexa), mas pode.

A grande justificação para as situações de bola parada fazerem parte dos quatro Momentos do Jogo está na realidade, essa sim… complexa, do jogo. Ora, se um dos princípios basilares do pensamento complexo passa por uma visão holística do objecto de estudo, e que ao invés, a sua separação em partes fá-lo perder propriedades, então, se as situações de bola parada são na mesma… jogo, separá-las do restante jogo levará a disfunções, desarticulações e potenciais erros por desenquadramento do jogar da equipa nas necessidades reais desses momentos. Maior quantidade de Momentos do Jogo não significa maior qualidade da ideia que dele se tem.

“À medida que você tem o domínio da “totalidade” das coisas, passam todas essas coisas a ser preocupação para si!”

Vítor Frade citado por (Xavier Tamarit, 2013)

Por diversas vezes trouxemos o Princípio da Articulação de Sentido que se manifesta de múltiplas perspectivas no jogo e no seu treino. Neste caso referimo-nos à articulação de sentido entre os diferentes Momentos do Jogo. Hoje é praticamente unânime entre treinadores a fundamental importância da articulação entre os momentos ofensivos e defensivos, ou seja, a importância de se preparar a perda da bola quando se está a atacar e preparar o ganho da mesma enquanto se defende. Então será que as situações de bola parada também não devem contemplar esse provável futuro imediato? Certamente que sim e hoje, praticamente todos os treinadores, têm essa preocupação.

Sendo assim, deverão fazer parte de um dos quatro Momentos do Jogo, porque por exemplo, no caso de perda ou ganho da bola, a equipa tem seguidamente outro momento diferente do jogo para resolver. Desse modo, pode e deve, começar a resolvê-lo durante a bola parada. Por exemplo, através de determinados posicionamentos de alguns jogadores. A visão do quinto momento, é no fundo outra visão segmentada, analítica e artificial do jogo que se distancia da natureza do todo que o mesmo contempla.

“E estes equilíbrios passam por quando nós estamos a atacar num lance de bola parada, deixamos um ou dois jogadores fora da área para tentar criar superioridade numérica em função dos jogadores que estão na frente, isto significa que a equipa quer estar equilibrada, não só dos jogadores que estão dentro mas também nos espaços a preencher, porque nós quando temos a bola e quando vamos marcar um canto, podem acontecer algumas coisas… Pode acontecer golo evidentemente, mas também podemos perder a posse de bola, e nós temos que estar preparados para essa perda da bola. E esses equilíbrios, neste caso no processo ofensivo e no equilíbrio de transição defensiva são fundamentais.”

Carlos Carvalhal citado por (Pedro Bessa, 2009)

O segundo golo da República da Coreia contra Portugal começa precisamente na falta de consciência para esta articulação entre um momento de Organização Ofensiva, especificamente um canto ofensivo, com o momento seguinte de Transição Defensiva. Não temos acesso à Ideia nem ao Plano de Jogo, especialmente às bolas paradas, portanto não podemos nem é nosso objectivo apurar responsabilidades, muito menos individuais. Mas sim reforçar a fundamental importância de uma visão macro e pensamento complexo sobre o jogo, neste caso, quer ao nível da articulação de princípios / comportamentos, mas por outro lado, também ao nível do seu detalhe.

Num momento inicial, havia na nossa opinião, um equilíbrio defensivo razoável para defender uma eventual perda ou segunda bola proveniente do cruzamento. Cancelo mais perto da bola, William ao meio e Dalot mais atrás junto ao grande círculo, podendo-se questionar o seu afastamento dos companheiros por não haver na sua zona nenhum coreano e por assim perder a relação de cobertura aos companheiros mais próximos da bola. E havia ainda Bernardo, do lado contrário também fora da grande-área. Todos para apenas dois coreanos, muito baixos até. Son perto da bola e Hwang Hee-chan, que viria a marcar o golo, perto da marca de grande penalidade. Mas como não nos cansamos de repetir, a quantidade não significa qualidade. Neste situação, qualidade comportamental, mais especificamente, posicional.

Equilíbrio defensivo no canto para Portugal.

O problema é que Cancelo deslocou-se para junto da bola para possibilitar a marcação de um canto curto e os companheiros não ajustaram o seu posicionamento para rectificarem o equilíbrio defensivo e garantirem não só cobertura ofensiva / defensiva à zona da bola, como ocupar o espaço fora da grande área onde uma segunda bola proveniente de uma intercepção dos defensores teria mais probabilidade de surgir dada a orientação corporal dos mesmos na defesa do pontapé de canto. William ter-se deslocado para a zona onde anteriormente se encontrava Cancelo seria a solução mais lógica, com Bernardo a aproximar-se mais do eixo central do campo. Arriscando mais, outra alternativa seria aproximar Dalot, ocupando o espaço deixado livre por Cancelo.

Nenhuma das soluções, ou outra, sucedeu para garantir o equilíbrio defensivo. Surgiu a tal segunda bola naquele espaço e Son teve a possibilidade de receber enquadrado e conduzir o contra-ataque. Ou seja, por erros posicionais, não tivemos comportamentos fundamentais do primeiro sub-momento da transição defensiva, como pressionar imediatamente a bola, garantir contenção ao adversário com bola e cobertura defensiva à eventual contenção.

Depois, e evitando ir ao plano do detalhe, após a Recuperação Defensiva, podemos analisar um terceiro momento da Transição Defensiva. A Defesa do Contra-Ataque adversário. Ainda na Recuperação Defensiva, com Son em condução numa situação de 1×1 contra Dalot, o português, bem, recuou em contenção e temporizou, possibilitando a recuperação defensiva de mais companheiros. E desta forma permitiria também assegurar a cobertura defensiva do seu Guarda-Redes. No geral, neste Sub-Momento, o objectivo passa por conquistar uma relação numérica mais confortável para posteriormente resolver a situação. E tal objectivo foi conseguido. O problema, novamente, é que a quantidade não significa qualidade. E se o entrosamento e as relações comportamentais no campo não estiverem bem claras, mais jogadores em determinada situação, podem mesmo significar menos qualidade dada a relação / interferência que as partes fazem entre si, nesse todo circunstancial. O todo não é sempre mais que a soma das partes. O todo, é sim, diferente da soma das partes.

No Sub-Momento da Defesa do Contra-Ataque, em que os defensores devem travar e obrigar o atacante com bola a uma decisão, gerou-se confusão. Dalot, Palhinha (que podia ter decidido falta táctica antes) e William procuram garantir a contenção e eventual desarme. Tal gerou indefinição entre os três permitindo espaço e consequente, tempo, para Son, no timing certo, realizar o último passe para Hwang, que, perseguido por Bernardo, entretanto se juntou ao contra-ataque garantindo uma solução de ruptura para beneficiar do espaço entre os defensores e o Guarda-Redes português. O qual, perante a condição de Son, a sua linguagem corporal e a eminência de desmarcação de ruptura de Hwang, parece-nos muito distante dos companheiros.

Situação de 2×4+GR bem resolvida pelos coreanos, mas evidentemente mal pelos portugueses. Dada a natureza de oposição / cooperação do jogo será sempre assim em todas as situações? Provavelmente. Porém, sempre em doses diferentes de responsabilidade entre atacantes e defensores, tendo em conta o conhecimento do jogo que detêm e o entrosamento que manifestam.

Em situações similares, aumentar a probabilidade de êxito defensivo seria manter o mesmo jogador em contenção para não permitir o tal espaço e tempo ao atacante com bola. E os restantes defensores que consigam recuperar defensivamente garantirem uma linha de cobertura ao companheiro. Neste caso, com a bola mais próxima do corredor lateral, Palhinha, William e posteriormente Bernardo deviam estar em linha de cobertura por dentro. Caso o adversário com bola se situasse mais perto do eixo central do campo, a linha de cobertura deveria garantir cobertura a ambos os lados do defensor em contenção. Outros comportamentos adicionais a assegurar passariam pela linha de cobertura / última linha travar na linha limite da grande-área com a contenção à sua frente para forçar a decisão do atacante com bola, e não no melhor timing para si. Por outro lado, o Guarda-Redes assegurando uma maior agressividade sobre o espaço à sua frente, garantiria assim uma segunda cobertura defensiva, neste caso à última linha, de forma a antecipar o potencial último passe adversário. E mesmo que não conseguisse a intercepção, reduziria em muito o espaço e tempo de decisão e finalização ao atacante em ruptura. No plano do detalhe poderíamos falar em apoios, distâncias, indicadores de pressão para desarme, etc., mas ficamo-nos pelo plano dos grandes princípios.

Naturalmente, este conhecimento e entrosamento é alcançado mais rapidamente com treino. Treino, que escasseia num contexto de Selecção Nacional. Mas perguntamos, generalizando… mesmo no contexto dos clubes treina-se o suficiente ou sequer se treinam estas situações? No Futsal são comportamentos que se treinam ao detalhe e até à “exaustão”. É factual que nesse jogo são situações que sucedem em muito maior volume do que no Futebol, porém, os resultados são também mais dilatados. É possível que no Futebol, uma equipa seja apenas submetida uma única vez ao Sub-Momento de Defesa do Contra-Ataque ao longo de um jogo inteiro, e sem qualquer previsão da relação numérica aí encontrada. Porém, se a conseguir resolver com sucesso, poderá fazer toda a diferença no resultado final como sucedeu no República da Coreia x Portugal. Uma vez mais… quantidade não significa qualidade.

“Defender com poucos é uma arte, implica treino, coordenação e princípios, mas fundamentalmente todos perceberem o que deve ser feito, de forma a que quem chega mais rápido, seja ou não “defesa”, saiba o que está a fazer e o posicionamento correto a ocupar, consoante a bola, o colega e o adversário!”

(Ricardo Galeiras, 2018)

Criação | Livre Indirecto + Último passe + Criatividade

“Tinha um treinador que dava muitas indicações: “Ó Simões, faz isto assim e assado.” Mas eu não sabia fazer aquilo daquela maneira, então pegava na bola e fazia à minha maneira. E ele lá dizia: “Pronto, assim também está bem!” A criatividade é assim. Por isso é que digo que conheço muitos jogadores que em muito contribuíram para fazer treinadores, isso sim.”
António Simões, citado por (Cabral, 2016)

Recepção | Recepção orientada + Último passe

Acções Individuais Ofensivas + Orrganização Ofesniva | Construção + Criação | Leitura de jogo + Recepção + Recepção Orientada + Jogo entre-linhas + Apoio frontal + Último passe | Bruno Fernandes 2020

A saída de jogo do Guarda-Redes. Curta ou longa, ou aberta ou fechada? E eventuais tendências evolutivas. II

Num artigo recente abordámos a situação de Saída de Jogo do Guarda-Redes. Perante a multiplicidade de situações possíveis, procurámos identificar e catalogar as diferentes soluções, tendo sempre consciência que a enorme complexidade do jogo não o permite fazer à totalidade das situações, e haverão sempre algumas, identificadas como casos especiais.

Por outro lado, abordámos também possíveis consequências da alteração da regra do pontapé de baliza neste tipo de situação de jogo. De forma pouco surpreendente, Guardiola já apresenta novas ideias, de forma a explorar as novas regras. Se para nós, a qualidade / intensidade da acção táctica dependerá de um todo complexo constituído pelo tempo, espaço, número e qualidade individual, neste momento, as novas possibilidades de acção sobre o espaço trazem consequências às outras dimensões da acção táctica, e portanto, novas possibilidades de atingir a eficiência e eficácia no jogo.

Creditos para Fúlbo.

A Juventus de Maurizio Sarri também está a realizar um percurso similar.
“Mesmo sob pressão há formas de sair a jogar. É preciso é entender como é que a pressão está a ser feita e preparar o antídoto.”
(Vítor Pereira, 2014)

Passe

“(…) não há diversão igual aquela que se retira quando se consegue jogar de olhos fechados. Aquela que sentimos quando as coisas saem com um entrosamento tal que deixamos o adversário só a cheirar a bola, e isso só se consegue quando sabendo onde estão e onde vão aparecer os 11 colegas que estão no campo, vamos circulando a bola e desmarcando”.

(Pedro Bouças, 2011)

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