Análise sistémica do jogo de Futebol

Publicamos um novo tema na dimensão Conhecimento do Jogo. Abordamos então o tema Análise sistémica do jogo de Futebol.

Deixamos um excerto.

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Também segundo (Silveira Ramos, 2003), “o Futebol como jogo colectivo apresenta características semelhantes a outros jogos também colectivos e outras, naturalmente diferentes, que lhe conferem uma identidade própria. O carácter de oposição a adversários e de cooperação com companheiros é comum a diversos jogos colectivos, entre os quais o Futebol. Não será evidentemente por estas características que podemos diferenciar as modalidades mas sim e particularmente, pelo conjunto de acções específicas da própria modalidade”. Demonstrando isso mesmo, mas essencialmente chamando a atenção para o perigo desta visão dualista do jogo, o treinador de Futsal (Jorge Braz, 2006) aponta que “ao fazer a análise da dinâmica de jogo considera-se de forma simultânea o ataque e a defesa, já que são interdependentes um do outro pois, como refere Riera (1995a), muito frequentemente o ataque e a defesa são facetas de uma mesma actividade. Além da necessidade de compreender conjuntamente a dialéctica ataque / defesa, especificam-se as particularidades do processo ofensivo em toda a sua conjuntura organizacional, assim como o processo defensivo”.

“O Jogo é algo muito complexo que carece ser entendido como tal.”

Vítor Frade citado por (Cerqueira, 2009)

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Modelo de treino de Zbigniew Naglak

Publicamos um novo tema na dimensão Metodologia, sub-temas Metodologia geral do treino > História do treino. Abordamos então o tema Modelo de treino de Zbigniew Naglak.

Deixamos um excerto.

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“Mas Zbigniew Naglak não se focou apenas na problemática do planeamento e programação. O autor polaco, citado por (José Luis Martínez, 2019) concentrou-se também na dimensão técnica da acção desportiva. Para Naglak, por técnica desportiva “compreendemos um procedimento surgido e comprovado ao longo da prática, direcionado para encontrar a melhor forma possível de alcançar um objetivo desportivo. Este procedimento conduz de forma direta e económica à obtenção de um resultado elevado (Meinel, “Teoria do movimento”). Fidelus define a técnica desportiva como o modo de alcançar um objetivo motor determinado pela tática, que leva em consideração o nível de desenvolvimento das características motoras e psíquicas.“”

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Conhecimento da equipa

Publicamos um novo tema na dimensão Liderança, sub-tema Características do outro. Abordamos o tema Conhecimento da equipa.

Deixamos um excerto.

 

“Há jogadores que querem que os repreendam, que os desafiem… Ao mesmo tempo há outros que necessitam de apoio, de se sentir protegidos. A uns a passagem pelo banco fá-los reagir, ao passo que a outros pode afundá-los. O meu trabalho consiste em saber o que necessita cada jogador em cada momento.”

Pep Guardiola citado por (Jordi Urbea & Gabriel García de Oro, 2012)

Para o treinador português (José Mourinho, 2010), “não é suficiente conhecer os nossos jogadores, temos de conhece-los muito, muito bem!”. Mourinho acrescenta que “em crianças, é ainda mais”, e temos de os conhecer bem para lhes dar aquilo que eles precisam. Também (Jordi Urbea & Gabriel García de Oro, 2012) defendem que o treinador deve “saber o que podem fazer e o que não estão preparados para fazer. Ademais, para saber delegar devemos saber transmitir a ideia de que todas as funções ou trabalhos são importantes. Todos!” Na opinião do antigo Selecionador Nacional português de rugby e depois Director Geral do Futebol de Fomação do Sporting Clube de Portugal (Tomaz Morais, 2014), “um dos maiores desafios da liderança é colocar as pessoas nos sítios certos”. Por outro lado, o mesmo autor refere que “o melhor líder, é o que trabalha menos. É o líder coloca os outros a funcionar bem e autonomamente. É aquele que gere, alcançando resultados com e através dos outros”. Como é de fácil conclusão, isto é não só aplicável aos jogadores, mas também a todo o staff de apoio à equipa.

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Etapa de Integração na Equipa Principal

Publicamos um novo tema na área Metodologia, sub-tema Metodologia geral do Treino / Níveis do jogo de Futebol / Futebol de Formação / Programa de Formação. Abordamos o tema Etapa de Integração na Equipa Principal.

Deixamos um excerto.

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Algo que tem vindo a desaparecer com as mudanças culturais, ou por outro lado é realizado noutras circunstância, de forma mais implícita e menos directa, é o acompanhamento de jovens jogadores avaliados com potencial pelo clube por jogadores mais experientes na equipa A. Novamente (Alex Ferguson, 2015), relata que no “seu” Manchester United, “uma das formas de fundir juventude e experiência era operada longe das câmaras de televisão. De vez em quando, jogadores sénior como Bryan Robson e Darren Fletcher jogavam com a equipa de reserva. Tratava-se de um grande incentivo para os jogadores com quem estávamos a contar no futuro. Mesmo que os jogadores experientes aparecessem e se limitassem a ficar a ver os mais jovens, estes recebiam uma grande dose de confiança. Bryan Robson, Steve Bruce, Brian McClair fizeram-no, e Gary Neville também ajudava os jovens a decidirem os contratos. Cada um tinha a sua maneira de ajudar os jovens. Gary estava sempre a repreendê-los, mas queria que fossem bem sucedidos. Curiosamente, quando Gary chegou à equipa, ele próprio sofrera uma pressão semelhante por parte de Peter Schmeichel. Quando Ryan Giggs chegou à equipa principal, foi muito ajudado por Paul Ince, que o acolhei debaixo da sua asa. Acontecera-me o mesmo no St Johnstone, quando três jogadores mais velhos – Jim Walker, Jimmy Little e Ron McKinven – me ajudaram. No United, Eric Cantona teve um dos gestos mais simpáticos para com os jovens jogadores quando, depois de toda a equipa ter feito apostas quanto à final da Taça de Inglaterra, cada indivíduo teve como alternativa ficar com a sua parte ou deixá-la para um sorteio. Todos os jogadores mais jovens, como David Beckham e Gary Neville, ficaram com a sua parte, mas Paul Scholes e Nicky Butt permaneceram. Quando Eric venceu o sorteio, ofereceu o prémio a Paul Scholes e Nicky Butt, acabados de chegar à equipa principal e para quem, na altura, £7500 equivaliam a dois meses de salário. O motivo adiantado era tipicamente à Eric: «Porque eles têm tomates». Para um jovem, é um grande incentivo ter um mentor em quem confiar e que lhe defenda os interesses. Existe um laço mais natural entre jogadores do que entre a equipa técnica e os jogadores. Parte disso deve-se ao fosso normal que existe entre funcionários e gestores. A outra parte deve-se à diferença de idades. Por exemplo, perto do final do meu tempo no United, James Wilson tinha muito mais facilidade em identificar-se com Patrice Evra do que comigo, pois eu tinha idade para ser avô dele. É muito importante saber escolher ou ter a sorte de ir parar às mãos do mentor certo. Os melhores mudam-nos a vida”.

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Exercício gratuito de Transição Ofensiva | B-4TO2B-1

Publicamos um exercício de forma gratuita. Trata-se do exercício B-4TO2B-1, referente à semana B do Programa de Treino, Sessão -4, objectivo de Transição Ofensiva, exercício B da 2ª parte da sessão de treino. Ao nível dos sub-momentos do jogo tem por objectivos a Reação ao ganho, o Contra-ataque e a Valorização da posse de bola.

O arquivo de exercícios de Saber Sobre o Saber Treinar conta, neste momento, com 87 exercícios do Programa de Treino, mais 153 exercícios para diferentes propósitos.

Erros metodológicos comuns: Excessiva variabilidade dos exercícios

Publicamos um novo sub-tema na área Metodologia.Abordamos um erro metodológico comum: Excessiva variabilidade dos exercícios.

“um tipo de treino que seja a variar constantemente, não permite que o jogador distinga a informação relevante da que não é relevante. Que consiga actuar sobre essa informação. Variabilidade e estabilidade devem estar sempre presentes no treino.

(Duarte Araújo, 2022)

Erros metodológicos comuns: Ideia de jogo e treino ambíguos

Publicamos um novo sub-tema na área Metodologia.Abordamos um erro metodológico comum: Ideia de jogo e treino ambíguos.

“é por isso fundamental saber o que se quer. Quer em termos de ideias (concepção do Modelo) que ao nível da operacionalização no plano prático (concretização do Modelo em Especificidade)”.

(Pedro Pereira, 2009)

Sub-Princípio Ofensivo | Privilégio pelo passe vertical

Publicamos um novo sub-tema na área Ideia de Jogo proposta. Trata-se do sub-princípio ofensivo Privilégio pelo passe vertical. Sendo uma ideia que pode surgir tanto em Transição Ofensiva como em Organização Ofensiva, é no primeiro momento do jogo que ganha especial relevo.

“Com a quantidade de oportunidades que criámos contra o Bilbao, pudemos ver que o conceito de “primeiro passe para a frente” estava realmente a funcionar.”

(Pep Lijnders, 2022)

Exercício e contra-exercício

“escolher o jogo reduzido é um acto complexo, desafiador, onde o escolher e não escolher, tem igual peso na resultante da resposta do futebolista e onde os efeitos podem ser claramente diferentes para os distintos futebolistas envoltos no jogo.”

(Filipe Clemente, 2022)

O exercício, tal como o seu propósito, o próprio jogo, emanam uma incrível complexidade. Essa é provavelmente uma das razões do imenso fascínio e desafio que provoca a quem o planeia e operacionaliza.

Um dos reflexos que essa complexidade gera está na outra “face” do exercício. O contra-exercício. Esta é a denominação com que nos referimos, num exercício competitivo, ao(s) jogador(es) que estão na oposição ao(s) outro(s) que estão dentro do objectivo proposto. Dando um exemplo simples, propomos um jogo reduzido de GR+2×2+GR, de objectivos ofensivos de Organização Ofensiva + Transição Defensiva, mais especificamente de progressão, penetração, cobertura ofensiva e mobilidade. Articulando isso com a Reacção à perda da bola da Transição Defensiva como segundo objectivo. Então, para lhes garantir propensão e estímulo a estes objectivos, propomos que sempre que a equipa marque golo, reinicie a situação com bola. Neste contexto, a equipa que está na oposição à que está a jogar nos objectivos do exercício, referimos que está no contra-exercício. Neste exemplo, essa equipa estará, por exemplo, na Organização Defensiva e Transição Ofensiva, especificamente na contenção, cobertura defensiva, Reação ao ganho da bola e decisões posteriores de transição.

Parece algo simples porque também trazemos um exemplo mais simples. Simples do ponto de vista da percepção sobre o exercício e objectivos, mas complexo do ponto de vista comportamental. Contudo, em exercícios de maior número de jogadores, eventualmente maior espaço e principalmente, com mais regras, nem sempre se torna fácil a sua análise, planeamento e operacionalização. Até porque a manipulação do jogo em função de objectivos para determinado exercício promove a perda ou deterioração de outros comportamentos. Manipular o jogo tem este efeito, por isso torna-se fundamental perceber e antecipar o que se promove e o que se prejudica. 

Noutro exemplo, temos uma situação similar à anterior. Mas agora de GR+2(+1)x2+Gr, ou seja, adicionamos um apoio interior que joga sempre pela equipa que ataca. Nesta função específica colocamos um médio-centro para que tenha propensão em comportamentos de apoio, cobertura ofensiva, mobilidade e passe, pródigos para um jogador nesta função. Porém, sendo apoio de quem ataca, fica portanto castrado dos comportamentos de Transição e Organização Defensiva, algo igualmente fundamental nessa função. Terá que ser o treinador a definir e priorizar o que será mais importante naquele momento, mas não pode ignorar que estará a degradar esses comportamentos àquele jogador. Desse modo, torna-se fundamental que os promova noutros momentos.

Por outro lado, esta complexidade também traz outra riqueza ao exercício. Se teremos uma equipa dentro dos objectivos propostos, a oposição estará eventualmente em objectivos antagónicos. Assim, identifá-los e dar-lhes relevância durante o exercício, enriquecerá o mesmo do ponto de vista aquisitivo. Uma solução para tal passa por definir um dos treinadores para acompanhar essa equipa que estará em oposição à que estará mais tempo nos objectivos do exercício, ou seja, a que está no contra-exercício. Deste modo, garantindo-lhe apoio, feedback e relevância. Em exercícios nos quais, dadas as regras dos mesmos, as equipas repartem a propensão em exercício e contra-exercício, caberá ao treinador definir se nos papéis dos treinadores responsáveis por cada equipa se torna importante o feedback a objectivos secundários.

40’s e 50’s [Subscrição Anual]

Publicamos um subtema da História do treino do futebol, Trata-se do segundo capítulo denominado 40’s e 50’s.

O tema 40’s e 50’s no nosso trabalho, situa-se em:

Deixamos excertos do tema 40’s e 50’s:

“não é possível falar de Periodização do treino, com clareza, até ao surgimento de um artigo de Letunov, em 1959 “Sobre o Sistema de Planeamento do Treino”. O referido autor apresenta críticas aos modelos de planeamento, sobretudo, pela falta de bases fisiológicas e individualização do processo, apresentando neste artigo, a sua proposta que incorporava conhecimentos sobre a adaptação biológica aos modelos de treino e uma divisão da temporada em períodos de treino geral e específico, destinados à aquisição da forma, período competitivo e um outro destinado à diminuição do nível de treino (Silva, 1998; López et al., 2000)”

(Jorge Braz, 2006)

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O treinador e no momento seleccionador nacional de Futsal (Jorge Braz, 2006) identifica na sua tese que “em 1940 surge G. Dyson a defender ideias sobre treino anual ininterrupto e propõe a divisão da temporada de preparação em cinco períodos”. Posteriormente, em 1949, de acordo com (Gonçalo Carvalho, 2019), “Ozolin propõe uma divisão do período preparatório em dois momentos: preparação geral e específica e período competitivo. Este último era dividido em seis momentos, nomeadamente competitivo inicial, competitivo propriamente dito, descarga, preparação imediata, conclusiva e competição principal. Deste modo, Ozolin defendia a inexistência de um descanso total e uma duração semelhante de todas as etapas, divergindo os conteúdos de desporto para desporto”. Os autores (Juan Bordonau & José Villanueva, 2018) acrescentam que Ozolin “também defendeu que o descanso completo seja limitado a casos especiais por um tempo limitado (5 a 7 dias), dizendo que as etapas da temporada devem ter a mesma duração para todos os desportos, mas com distribuição de conteúdo diferente”. O espanhol (Francisco Seirul·lo Vargas, 1987) corroborado por (Rui Faria, 1999) e (Jorge Braz, 2006), reforça que “o mesmo autor, juntamente com N. Ozolin, desenvolve, nos anos 50, modelos aplicados ao atletismo cuja base assenta numa preparação multilateral que culmina numa especialização no momento da competição”.

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Outros destaques que (Forteza de La Rosa, 2000) identifica nesta fase da evolução do treino, surgiram “na segunda metade do nosso século”, denominando este período como o período científico no treino desportivo, sendo decisivo para este desenvolvimento os resultados alcançados entre 1945-1965″. Então, o autor expõe que Woldemar Gerschler, um investigador dedicado ao método prático de Zatopek, em conjunto com Reindell e outros colaboradores, fundamentou cientificamente o Interval Training e fez algumas modificações ao método original de treino de Zatopek. Os médicos cardiologistas Reindell, Roskman e Keull chegaram à conclusão de que o verdadeiro efeito do treino de intervalos no sistema ocorria durante as pausas, e não durante o esforço. Por essa razão, essas pausas foram denominadas como pausas ativas ou benéficas”. Paralelamente, “na Austrália, o treinador Percy Ceruty adotou o método dos suecos, ou seja, treino em contato com a natureza, banhos, descanso, saunas, entre outros. Na Nova Zelândia, Arthur Lidiard foi influenciado pela leitura de materiais ingleses sobre treino e extraiu o que havia de melhor nos sistemas de resistência. O atleta mais destacado que ele treinou foi Peter Snell. No Reino Unido, Morgan e Adamson criaram o Treino em Circuito, baseado no Body Building americano. O método é fundamentado no uso de pesos, cordas e outros elementos em forma de “estações”, onde os participantes mudam de uma para outra e trabalham em vários grupos musculares de forma alternada, com alta intensidade. Esse método permite o treino de vários atletas ao mesmo tempo, com o objetivo de melhorar principalmente a potência muscular e a resistência anaeróbia. Nos Estados Unidos, destacam-se os treinadores James Counsilman na natação e William O’Conor no atletismo, entre outros. Nesse país, desenvolve-se o método do Power Training ou treino com sobrecarga progressiva para o desenvolvimento da força e potência. Além disso, o Dr. Kenneth Cooper desenvolveu o programa de exercícios aeróbios denominado Aerobismo, baseado em exercícios que estimulam a atividade cardíaca e pulmonar por um período prolongado, com baixa intensidade. Ele estudou o consumo de oxigénio e, após várias pesquisas, criou o Teste de Cooper”. Deste modo, o autor sublinha que “este período científico resultou em um grande número de concepções científicas em diferentes partes do mundo, levando a quatro escolas distintas que possuem estilos diferentes de abordar o processo de treino esportivo, devido a fatores como regiões geográficas, condições sociopolíticas, eventos históricos, religiões, modos de vida, entre outros”. Essas escolas foram as seguintes:

ESCOLAS PAÍSES CENTRO DE INVESTIGAÇÃO AUTORES
Saxónica Nova Zelândia. Austrália. Canadá. África do Sul. Estados Unidos da América Harvard. Indiana. Quebec. Ohio Curenton. Cousilman. Mathews. Morehause. Cooper. Ceruty. Lidyard. Bompa
Socialista R.D.A. Cuba. Polónia. Hungria. Bulgária. Checoslováquia. U.R.S.S. Leipzig. Moscovo. Varsóvia. Bucareste. Sofia. Bratislava. Havana. Simkim. Matveyev. Ozolin. Harre. Yeremin. Platonov. Volkov. Verchoshanskij
Europa Ocidental R.F.A. Inglaterra. França. Itália. Espanha. Suécia. Bélgica. Colónia. Friburgo. Paris. Estocolmo. Bruxelas. Roma. Madrid. Gerschller. Reindell. Nett. Hollman. Astrand. Morgan
Asiática Japão. Coreia. China. Tokio. Pequim. Matsusawa. Ikai. Fukunaga. Hirata. Matsudaika

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20’s e 30’s [Subscrição Anual]

Publicamos um subtema da História do treino do futebol, Trata-se do segundo capítulo denominado 20’s e 30’s.

O tema 20’s e 30’s no nosso trabalho, situa-se em:

Deixamos excertos do tema 20’s e 30’s:

“Até à década de 40, o futebol era visto como um malefício, físico e mental. A ginástica, obrigatória na altura, era vista como uma forma de compensar os problemas que o futebol trazia. Desse modo, surgia nas equipas técnicas a figura do professor de ginástica.”

(Monge da Silva, 2017)

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Segundo (Jorge Gomes, 2004), baseando-se em Raposo (2002), “este conjunto de leis, que visa melhorar a participação nas competições, em alguns aspectos mantém uma certa actualidade, tendo a divulgação das mesmas permitido o aumento da frequência semanal de treinos e a diferenciação das tarefas segundo o índice de especificidade e intensidade”. Assim, (Jorge Braz, 2006) defende que “começam, assim, a surgir alguns princípios da periodização do treino. Em 1922 Gorinovski escreveu o primeiro livro com o título “Bases fundamentais do treino”. Em 1928, L. Mang, é pioneiro na história do treino ao formular o desenvolvimento paralelo do treino físico orgânico, técnico e táctico, coordenando diversas variáveis de preparação“. Pelo exposto, ao longo da história do treino existiram sempre mentes disruptivas que pensavam para além dos paradigmas e influências culturais vigentes.

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Novamente (Jorge Braz, 2006), descreve que “em 1939, K. Grantyn publica em Moscovo um estudo que se intitula “Conteúdos e princípios gerais da preparação do treino desportivo“, onde tenta enunciar as características essenciais que deve ter a periodização do treino em todos os desportos”. Também (Jorge Gomes, 2004) aponta que Grantyn também alertou “para a manutenção da união entre especialização desportiva e formação geral e polidesportiva (Gomes, 2002)”. De acordo com (Rui Faria, 1999), o autor russo apresenta pela primeira vez “um ciclo anual de treino sem interrupção”, divide-o em “três grandes períodos”, aponta “conteúdos precisos para cada período” e “tem como objectivo encarar a competição no melhor estado de forma”. Especificando, o autor (Filipe Martins, 2003) acrescenta ainda que Grantyn “lança as bases de uma teoria geral do treino, propondo a divisão do ciclo anual em três etapas (de preparação, principal e de transição), com durações e objectivos determinados pelas características das modalidades”. Também (Francisco Seirul·lo Vargas, 1987) confirma estas ideias, reforçando que deste modo, com conteúdos precisos em função da modalidade permitiria “enfrentar a competição no melhor estado de forma”.

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Exercício A-5TO3A [Subscrição Anual]

Publicamos um primeiro elemento do Programa de Treino. O exercício A-5TO3A. Lembramos que não se trata de um exercício concreto, mas de um tema numa perspectiva micro do Programa, que obedece a determinada lógica da respectiva sessão, do ciclo semanal e do programa ao nível da distribuição de conteúdos. Porém, associado a ele, publicamos também 6 propostas de exercícios concretos. Deixamos uma amostra do que ficará disponível na subscrição anual.

Deixamos alguns excertos da página do exercício A-5TO3A:

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Ainda abordando a duração na sua relação com a pausa, mais concretamente, a densidade, torna-se fundamental que o(s) treinador(es) responsáveis pela operacionalização dos exercícios A-5TO3A e A-5TO3B, num ciclo semanal que sucede à competição, promovam pausas óptimas entre repetições e entre exercícios, para que os objectivos se mantenham em aquisição ou consolidação e paralelamente ajudem na recuperação e não resultem em significativo aumento de fadiga acumulada. Para tal, é fundamental a sensibilidade dos treinadores aos indicadores subjectivos de fadiga e engenho, criatividade e comunicação de forma a manipular a competitividade dos exercícios e os “quandos” e formas de os pausar. Neste contexto, de acordo com a treinadora (Marisa Gomes, 2011), jogadores em estado de fadiga, apresentam-se “contraídos, lentos e com uma enorme incapacidade para jogar com sucesso, com passes errados, com más decisões e com uma execução (drible, remate, desmarcação, etc)”. Segundo Paco Seirul·lo em (Zona Mister, 2016) um jogador fatigado apresenta “músculos tensos, menor tempo de reacção, e menor destreza mental”. Carlos Queiroz citado por (João Romano, 2007), partilha a mesma opinião ao referir “que quando uma equipa tem de enfrentar um jogo sem conseguir uma regeneração completa, do ponto de vista fisiológico e emocional, se ressente, através de menor concentração, menor entusiasmo, menor alegria, menor disponibilidade e menor eficiência. Assim, o surgimento da fadiga reflecte-se, em suma, numa diminuição da intensidade das acções”. Jogadores e outros autores, entre outras qualidades, referem também uma perda substancial de criatividade quando o jogador está sob fadiga, o que se torna facilmente explicável pela menor disponibilidade nervosa para a tarefa, levando o jogador a procurar se concentrar no essencial e no que apresenta padrão e conforto.

(…)

““como” tirar da zona de pressão para manter a posse de bola poderá estar no “proteger, rodar, passar”. Mas, tão importante como os “comos” são os “porquês”. Partindo do princípio que a equipa pretende ter a bola, quando não a tem deve ter o objectivo de a recuperar. Por sua vez, quando a recupera deve ter o objectivo… de a manter! Manter, com a consciência do que se pretende com essa manutenção. Não a posse pela posse, que fique claro. O que se pretende é desequilibrar a equipa adversária.”

(Mauro Santos, 2010)

 

Deixamos algumas ideias para o desenvolvimento deste exercício:

Exercício 166 | A-5TO3A-1 | Impedir a criação + Reação ao ganho + Valorização da posse de bola | Garantir imediatos apoios ao portador + Garantir imediata cobertura ofensiva + Tirar a bola da pressão + Aproveitar os espaços livres + Reorganização ofensiva + Critério na posse

Exercício 167 | A-5TO3A-2 | Impedir a criação + Reação ao ganho + Valorização da posse de bola | Garantir imediatos apoios ao portador + Garantir imediata cobertura ofensiva + Tirar a bola da pressão + Aproveitar os espaços livres + Reorganização ofensiva + Critério na posse

Exercício 168 | A-5TO3A-3 | Impedir a criação + Reação ao ganho + Valorização da posse de bola | Garantir imediatos apoios ao portador + Garantir imediata cobertura ofensiva + Tirar a bola da pressão + Aproveitar os espaços livres + Reorganização ofensiva + Critério na posse

Exercício 169 | A-5TO3A-4 | Impedir a criação + Reação ao ganho + Valorização da posse de bola | Garantir imediatos apoios ao portador + Garantir imediata cobertura ofensiva + Tirar a bola da pressão + Aproveitar os espaços livres + Reorganização ofensiva + Critério na posse

Exercício 170 | A-5TO3A-5 | Impedir a criação + Reação ao ganho + Valorização da posse de bola | Garantir imediatos apoios ao portador + Garantir imediata cobertura ofensiva + Tirar a bola da pressão + Aproveitar os espaços livres + Reorganização ofensiva + Critério na posse

Exercício 171 | A-5TO3A-6 | Impedir a criação + Reação ao ganho + Valorização da posse de bola | Garantir imediatos apoios ao portador + Garantir imediata cobertura ofensiva + Tirar a bola da pressão + Aproveitar os espaços livres + Reorganização ofensiva + Critério na posse