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Exercício 138 [Subscrição Anual]

Publicamos o exercício 138, denominado como Meinho em duplas com baliza e Guarda-Redes. Este exercício encontra-se no nosso arquivo e estará disponível para subscritores.

A identificação meinho, pode sugerir que estamos na presença de um exercício de dimensão mais lúdica, ou de um exercício de complexidade reduzida, no qual no momento da recuperação da bola, o mesmo é interrompido para que os jogadores troquem de função. Não é o caso. Utilizamos a palavra meinho como forma mais fácil e prática de explicar a generalidade do exercício. No fundo trata-se de um exercício de posse de bola que se inicia e se joga em condições muito específicas e que traz características interessantes, não só do jogo, como também do ponto de vista da especificidade de uma determinada ideia de jogo. Aqui destacamos também a oportunidade para uma possível adaptação às novas regras do Pontapé de Baliza.

Dada a sua estrutura mais micro, quer em número, quer em espaço, será apropriado como um exercício introdutório ou complementar durante a Sessão de Treino. Dada a continuidade do jogo, garante ainda a Articulação de Sentido do ponto de vista dos momentos do jogo, pois para quem ataca vivencia, pelo menos, Organização Ofensiva e Transição Defensiva, e quem defende, pelo menos, Organização Defensiva e Transição Ofensiva.

Neste domínio, o exercício também apresenta no seu contra-exercício um estímulo de qualidade, ou seja, para a equipa que se encontra em oposição aos objectivos prioritários, nomeadamente no seu momento de recuperação da bola e consequente decisão sobre o Contra-ataque ou a Valorização da posse de bola. Desta forma, do ponto de vista do planeamento, o exercício poderá então, também servir esses propósitos opostos.

Exercício 138 | Meinho em duplas com baliza e Guarda-Redes

Criatividade III

“É evidente que a criatividade que um indivíduo como central tem que revelar é diversa daquela que tem que revelar um gajo que joga num sector mais avançado, mas é absolutamente imprescindível que dentro dos contextos surja, a originalidade na situação ou na solução. E essa é da responsabilidade de quem?! Dos jogadores, mas só se eles forem criados e treinados a ter que pensar, a ter que decidir, a ter que sentir, a tomada de decisão tem que ser deles. A tomada de decisão é em função de um propósito geral, portanto da intenção prévia que eles sabem que existe, mas no agir tendo em conta as circunstâncias. Resolvem melhor ou pior em função da habituação que têm e da capacidade de poder decidir, isto é, escolher… portanto contempla, é absolutamente indispensável que se promova. Agora como diria o Valdano “não há criatividade sem ordem”.”

(Vítor Frade, 2013)

Cultura de jogo IV. “Atrás não se brinca” II.

“Johan Cruyff dizia: o mais importante no Futebol é que os melhores jogadores sejam os defesas. Se estás com a bola, consegues jogar; se não, não fazes nada.”

(Gonzalez, 2012)

No passado mês de Fevereiro publicámos um artigo sobre o momento de construção de Frenkie de Jong, jovem Defesa-Central do Ajax. Escrevíamos então, lembrando a cultura que Kovács, Michels e Cruyff desenvolveram no Ajax, que “quase 50 anos depois, no mesmo país, Frenkie de Jong, aos 20 anos, provavelmente influenciado pelas mesmas ideias de jogo que ainda pairam no Ajax de Amesterdão, apresenta a mesma cultura de jogo. Sem receio, conduz, fixa, dribla e penetra sistematicamente a primeira linha de pressão adversária. Derruba, novamente, preconceitos enraizados na nossa cultura”.

Aos 19 anos, um ainda mais jovem Defesa-Central holandês, Matthijs de Ligt… também formado e jogando no Ajax… apresenta ideias similares. Indiscutívelmente… ambos têm imenso talento, porém, é a cultura que lhes proporciona jogarem desta forma. Caso, o seu processo de formação castrasse estes comportamentos, seguramente que hoje não os apresentavam, ou pelo menos com a regularidade e confiança com que surgem.

A situação específica que publicamos é de Transição Ofensiva, no seu sub-momento de reacção ao ganho da bola, que manifesta ainda maior risco do que a Construção uma vez que nesse contexto, caso o portador da bola a perca novamente está a apanhar companheiros a abrir ou à procura de espaços à frente da linha da bola, e tal poderá ser, nesse momento, fatal para a equipa.

https://www.facebook.com/SaberSobreOSaberTreinar/videos/493781711097734/

Matthijs de Ligt contraria ainda a ideia que, no momento da recuperação da bola, a saída da zona de pressão deve ser realizada através de passe. À imagem da situação de 2×1+GR, talvez na maioria das vezes. Outras porém, pelo posicionamento e decisões dos opositores, a solução mais eficaz será mesmo a condução e o drible.

“gastem dinheiro com os defesas, sobretudo com os centrais! (…) Pode parecer paradoxal, uma equipa com um futebol ofensivo, de posse, de muitos golos e tem que investir em defesas? Claro, é onde tudo começa. Se defesas (e Guarda-Redes dizemos nós) não conseguem construir, todo este conceito se complica e o jogo já não será o mesmo. Nas minhas ideias o Guarda-Redes e defesas centrais são os primeiros avançados. E um central ter a capacidade de construir não é ter boa capacidade técnica. Tem que ter um grande entendimento do jogo ofensivo e ser muito bom na capacidade de decisão. Por isso, é tão difícil encontrar centrais para este tipo de jogo. Por isso, o Barcelona opta muitas vezes por colocar médios na posição de defesa central”.

Pep Guardiola citado por (Tactic Zone, 2013)

Uma reacção ao ganho da bola… intensa

Em vez de bater a bola longa no corredor lateral, como a maioria dos jogadores fariam, e que provavelmente o levaria à perda da bola, Luka Modrić faz diferente e não só mantém a posse de bola como permite a opção pelo contra-ataque à equipa.

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Intensidade… no futebol… não é fazer muito ou depressa. É fazer bem no tempo certo.

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