Boa e má decisão…
…ao contrário do que a bancada pedia.
Num primeiro momento André Carrillo parece temporizar, aguardando soluções de passe dos companheiros mais avançados, dada a distância dos mesmos, mas provavelmente também pela presença de três adversários que lhe podiam realizar oposição caso optasse pela condução. A sua decisão revelou-se de qualidade, pois conseguiu continuar a progressão do contra-ataque pelo corredor central, num passe vertical para Mitroglou. Tudo isto perante a impaciência da bancada que lhe pedia para acelerar em condução, na sempre presente vertigem pela velocidade descontextualizada. Perdeu 3 segundos de deslocamento, mas ganhou uma melhor situação de ataque à baliza adversária. Ironicamente, o pedido foi satisfeito logo a seguir por Sálvio, que acaba por perder a bola…
Ainda recentemente, o Pedro Bouças escrevia aqui que “demasiadas são as vezes, em que porque o essencial é invisível ao olhos, que o talento escapa. Os melhores também terão a sua cota parte de responsabilidade. Porque percebem mais rápido o jogo e entendem a sua superioridade intelectual, sentem-se eternamente injustiçados e deixam de arregaçar as mangas. O mundo não os percebe e conspira. E o talento entrega-se”.