Intensidade no Futebol V

“Jogo de grande Intensidade… Não há pausas! Futebol rijinho… De grande intensidade. A bola até faz faísca.” Imbuída num êxtase incompreensível para quem gosta deste jogo, este foi mais um comentário de um jornalista, proferido nos últimos dias durante a transmissão de um jogo do campeonato brasileiro.

Porém, parece surgir entre os jornalistas e analistas, uma visão diferente da intensidade… no futebol. Consequentemente, ou consequência de…, surge também um entendimento mais evoluído e complexo do jogo. Assim provam que, à semelhança de jogadores e treinadores, esta classe profissional também pode evoluir o seu conhecimento e tornar o fenómeno globalmente melhor.

“Falta Intensidade Táctica. Poderei chamar de Intensidade Táctica, a razão entre o aplicar da minha forma de jogar e o tempo de jogo. Quanto maior for o tempo de jogo que a minha equipa conseguir aplicar a sua forma de jogar, reduzindo a do adversário, é tanto maior a sua Intensidade Táctica.

(…)

Então, é preciso treinar a/em concentração. Como? Treinando com exercícios de complexidade elevada, que exijam concentração, “obrigando” a equipa a estar concertada durante os 90 minutos, cumprindo as missões no jogo, mantendo uma Intensidade Táctica elevada.”

Rui Sá Lemos, 2007, em carta à redacção do website MaisFutebol, portanto há… 10 anos.