Intensidade no Futebol III

Regressamos ao tema intensidade. Tema que futuramente será de novo publicado no novo website. Os exemplos da visão que defendemos da intensidade sucedem-se em quase todos os jogos, no entanto quando temos exemplos dos melhores, estes ganham para nós toda a pertinência. Uma visão que como tudo o resto é específica deste jogo. Deste modo, a intensidade no atletismo da corrida de 100m é algo completamente diferente da intensidade que o jogo de futebol exige. Assim, como já referido no passado, existe actualmente uma forte tendência para interpretar a intensidade do ponto de vista físico ou psicológico. Respetivamente, expressa pela quantidade e velocidade de execução ou pela agressividade mental. Para nós estas interpretações, à imagem do que sucedeu no passado com toda a metodologia do treino, ideia hoje vulgarmente aceite, estão descontextualizadas. A intensidade no futebol tem que ser táctica. Logo, trata-se de decidir a melhor acção perante as circunstâncias. Mesmo que esta decisão implique travar ou abrandar, portanto, do ponto de vista da execução, fazer menos naquele instante.

Desta forma Iniesta e Messi mostram-nos que agir rápido nem sempre é o melhor caminho. O que também é diferente de ler e interpretar rapidamente o jogo e decidir bem o que fazer antes de todos os outros, e isto sim é a intensidade no futebol. Iniesta e Messi demonstram aqui que temporizar, atrair, fixar e depois soltar ou finalizar, foram melhores soluções do que acelerar em condução ou acelerar na finalização, na vertigem da intensidade física ou psicológica.