Exercício A-3OO1B
Adicionamos aos conteúdos Saber Sobre o Saber Treinar, especificamente ao Programa de Treino, a apresentação do Exercício A-3OO1B. Como referido, no Programa de Treino, o exercício Exercício A-3OO1B situa-se no primeiro Ciclo Semanal (A) dos quatro que o compõem, terceira sessão de treino (-3), objectivo de Organização Ofensiva (OO), primeira parte da sessão (1) e exercício (B) dessa parte. Exercício que tem por objectivo específico as Acções Individuais Ofensivas, em particular, o Provocação, o Drible e Finalização.
“Quando ia para a escola podia esquecer-me de levar as canetas ou um livro, mas nunca da bola. Nos intervalos, no fim das aulas, a seguir ao jantar, a bola era para nós como um membro do corpo, tinha sempre de andar connosco. Soava a campainha para sair e logo corria para o pátio da escola. Tocava agora para entrar e lá tinha a professora que nos ir chamar pois a jogar ninguém ouvia ou queria ouvir o sinal que anunciava o regresso à sala. No caminho para casa era o concurso de “toques”. Todos os dias tentava superar o meu record! Chegado a casa era comer à pressa para que o intervalo no jogo não fosse prolongado. A nossa imaginação de criança era muito fértil. A minha casa em Jugueiros tinha um alpendre, construído pelo meu Pai para o proteger enquanto trabalhava. Para mim era apenas a baliza. Marcava os quatro cantos com diferente pontuação e depois desafiava-me, tentando sempre superar a minha classificação. Quando se tornava fácil e o desafio era superado, logo criava um novo. Então, a bola tinha de ir ao telhado e eu, sem a deixar cair, rematava para os pontos. Se a bola caísse ao chão não contava! O desafio seguinte foi colocar-me de costas viradas para a baliza (ou alpendre se preferirem) atirar a bola para o telhado e esperar o momento certo que me era dado pelo som da bola a percorrer o telhado, para no momento certo rodar, enquadrar com a baliza e rematar para fazer pontos! Não estando satisfeito, procurei ainda mais rapidez de execução. Então lançava a bola ao telhado e, antes dela cair procurava subir e descer o maior número de escadas possível antes de rematar para a baliza!”
Paulo Sousa em (Hélder Fonseca & Júlio Garganta, 2006)