Desmontar diferentes hábitos de treino

Publicamos um novo tema na dimensão Metodologia. Sub-tema de Plano Anual e Planeamento, apresentamos o tema Desmontar diferentes hábitos de treino.

Deixamos um excerto.

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“Imagina, é como se tivesses começado a guiar um carro novo que anda numa velocidade que lhes exige outra condução [risos]. Eles estavam habituados a muitas paragens, coisas muito lentas, com muito espaço, estás a perceber? Muita corrida, muito físico…”

(Vítor Pereira, 2017)

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Perante contextos similares consolidados, (Jorge Maciel, 2011) surge alinhado com esta ideia. O treinador português acredita que o modo como o treinador responde “pode ser determinante para o meu sucesso nessa realidade. Trata-se de uma questão muito sensível que requer da parte do treinador muita sensibilidade e muita convicção na sua forma de treinar, porque se vacila e não tem consistência no que faz a tendência é para seguir o instituído, ou não seguindo, fazer uma mistura e acaba nem por seguir coerentemente uma forma de treinar nem outra. Perante um possível cenário como o evidenciado na questão o treinador tem de perceber que os jogadores são pessoas, e como tal têm uma história que pela continuidade com que foi sendo marcada, foi incorporada e como tal exerce um peso enorme sobre aquilo que as pessoas são, pensam e fazem”.

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Também (Carlos Carvalhal, 2017) expõe que “há jogadores que, por questão cultural, gostam de fazer um trabalho extra e não sou inibidor disso. É um trabalho que é como o ‘melhoral’, nem faz bem nem faz mal. É o que digo aos meus adjuntos [risos]. Há um ou outro que o querem fazer para se sentirem bem e o que eu quero acima de tudo, como treinador, é que os meus jogadores se sintam bem. Quando aquele trabalho não prejudica, não ponho qualquer tipo de restrição. Agora, se o trabalho colide com um dia em que estamos a procurar determinado tipo de contrações musculares, eles já o sabem, porque explicamos que tipo de trabalho têm de fazer, é trabalho orientado. É um espaço de liberdade e um treino que é mais para a cabeça do que propriamente para o físico mas a gente também quer que a cabeça esteja bem”.

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